AS OPORTUNIDADES E PRIORIDADES EM AGEU
- INTRODUÇÃO
Este profeta nasceu durante os 70 anos de cativeiro em Babilónia e, regressou a Jerusalém com Zorobabel (governador) e, Josué (sumo-sacerdote), após a ordem de Ciro. Ageu menciona com rigor a altura em que iniciou o seu ministério profético e, que foi no ano 520 a.C., “segundo ano do rei Dario” (1:1), que governou de 521 a 485 a.C.. Ciro, o monarca fundador do Império Persa, promulgou no ano 538 a.C. o seu célebre édito (2Cr 36:22-23; Esd 1:1-4) que pôs fim ao cativeiro dos judeus na Babilônia (2Rs 25:1-22). No ano 537, os judeus regressados a Jerusalém começaram a reconstruir o templo (Esd 1:1-11). Entretanto, iniciou-se um profundo desânimo, devido à falta de meios (Ageu 1:6) e, em parte, pela instabilidade criada pelas hostilidades dos samaritanos (Esd 4:1-24). Houve total paragem nas obras (Ed 4:24), ao mesmo tempo que apareciam em Jerusalém belas mansões e “condomínios” de crentes ricos (1:4).
O tema principal tem a ver com o abandono para com o templo e, a exortação com promessas para com os que viviam para a execução e, continuidade da obra. Em 520 AC, dezasseis anos depois, o templo e, o muro exterior não estavam terminados e, os profetas Ageu e Zacarias foram incumbidos por Deus, para falarem a sua palavra. Cinco anos depois, o templo ficou pronto.
Assim em Ageu 1:1-11 é lembrado aos crentes, de que as bênçãos materiais não apareciam, porque o templo de Deus havia sido deixado ao abandono. O templo não podia manter-se em ruínas, por não reflectir a glória de Deus (1:8). Deus ordena (1:8) que se reconstrua o templo e, se tal ordem fosse aceite apareceriam bênçãos (1:8; 2:6-9; 2:20-23), ou se fosse ignorada apareceriam consequências, tais como a seca, perda de colheitas e, a pobreza proveniente do baixo rendimento das pequenas remunerações, que os trabalhadores recebiam (1:9-11). Em 1:12-15, o profeta anima os construtores, quando estes reiniciam a obra de construção. Em 2:1-9 às pessoas que desanimaram perante, a pouca grandiosidade deste templo, comparado ao de Salomão. Ageu exorta Zorobabel, Josué e, o povo a não desanimarem, para continuarem a obra, porque este templo, devido à presença e, acções de Cristo na sua primeira vinda, teria mais glória que o anterior.
A outra metade do livro, que vem a seguir, trata o mesmo tipo de problema, não na perspectiva das bênçãos, mas na perspectiva da essência espiritual da adoração e, de se pertencer à família de Deus, mesmo perante o conflito existente. Assim, em 2:10-19 é repreendido a adoração meramente formal de alguns crentes, pois que a santidade não pode ser transferida e, exortou o povo a abandonar a impureza (que é transferível) dos seus caminhos e, a confiar no poder da misericórdia de Deus em unir-se ao homem. Não chegava para Deus, para se ser santo, ser construtor, ou adorador do seu templo, seria necessário o envolvimento pessoal, que resultasse do reconhecimento do amor e verdade em Cristo, revelado no Santuário. As acções fiéis, com fé nas promessas e, palavras de Deus, são as que resultam em bênçãos. A partir do dia, em que se lançassem os alicerces, Deus concederia as bênçãos. Em 2:20-23 as nações pagãs seriam julgadas e derrubados. Os inimigos voltariam as suas espadas uns contra os outros e, desta forma nada impediria de se reconstruir o templo. Nestas passagens é elogiado a acção de Zorobabel, em que é cognominado de «Servo Meu», que é um título Messiânico. Deus também promete fazer deste como um anel, símbolo de honra e poder, que representaria a casa de David e, retomada a linha messiânica, que fora interrompida pelo exílio. Zorobabel aparece na linha de Cristo, ao lado de José e Maria como vem descrito em S. Mateus 1:12 e S. Lucas 3:27. Desta forma, era garantida a posição de Zorobabel, que representava o remanescente povo de Deus.
Resumindo, Deus pede ao povo para “fixar o coração” e, para que se construísse a casa que Deus tivesse prazer nela e, fosse glorificado. O povo aceitou o desafio e, na segunda mensagem havia a promessa, de que Deus encheria esta casa, de mais glória que a anterior. A terceira mensagem, destaca que a negligência do trabalho de reconstrução, tornou o trabalho e o povo impuro. A partir do momento em que se reconstruísse, Jeová concederia a bênção. Na quarta mensagem, é garantida o derrube da força dos reinos das nações e, estabelecido o governador Zorobabel, como “anel de chancela. Nas primeiras duas mensagens, destaca-se o relacionamento com base na glória de Deus, que provêm do seu poder de criar, do seu nome ou palavra, com base no sacrifício de Cristo na cruz. A terceira e quarta mensagem, evidencia a união entre Deus e, o próximo, que se estrutura no Messias. A pergunta base é esta: qual é o significado e, a importância do templo no meio de tudo isto?
Ageu evidencia a necessidade de cada um examinar as dádivas de Deus, no seu todo e nas suas prioridades, em relação ao testemunho e, à difusão do evangelho, que passam impreterivelmente nesta mensagem, por analogia, pelos templos (Igrejas actuais) e pela família (ou interesses pessoais), mesmo perante grandes problemas. Neste livro, também se destaca a necessidade de se confessar as fraquezas e, de se viver uma vida transformada com Deus, com os recursos providenciados pela Divindade, fixando os olhos em Jesus, no que fez, faz e fará.
Em síntese, a questão estrita e, simples que se impõe é esta: que tipo de relação espiritual deverá existir entre a família e a Igreja (no contexto da difusão do evangelho)? Em termos latos, questione-se: que tipo de equilíbrio e progressão de relação espiritual, deverá ser decidido entre os interesses de Deus e, os do homem e da sociedade (considerando a mordomia e temperança)? Em suma: a vida não deve ser só perspectivada em termos de prioridades (posicionando-as na humildade), mas também, considerando as oportunidades no seu todo e, os ritmos espirituais (com a paciência e mansidão), no ambiente de conflito em que se vive.
- FAMÍLIA VERSUS IGREJA
Há 3 opções na vida de qualquer cidadão que seja cristão:
- Ou se dedica somente à igreja.
- Ou põe em primeiro os seus interesses, nos quais se destaca a família.
- Ou vive tanto para a família, como para a Igreja, considerando também outras perspectivas e vertentes da vida providenciada por Deus.
Em termos simples, o que importa saber é o seguinte:
- O que é o templo, ou Igreja (João 2:19; Mat 26:61), de acordo com a palavra de Deus?
- Qual é o significado do templo, para o indivíduo e, para a sua família?
Seja como for, o templo, ou Igreja, representa a presença de Deus no meio da humanidade, ou neste caso no meio do seu povo, assim como a capacidade de todo o crente ir até junto ao trono da Divindade, através do seu advogado Jesus Cristo. Esta representação, não se fechava nos muros do próprio templo, mas resultava no que cada família fazia em termos de testemunho, para com os seus vizinhos na comunidade e, como nação. Mas qual testemunho? O testemunho, que era partilhado no templo (ou seja, Santuário), de que o ser humano, provinha da glória Divina, que se revelava nas múltiplas bênçãos, ou dádivas, que eram distribuídas entre todos e, que provêm do grande sacrifício de Cristo, que era revelado no Santuário. A glória de Deus, providenciava no ser humano, a glória a ser dada à Divindade Triúna. Esta revelava-se no testemunho do ensino e, do fazer discípulos em Cristo, que só se conseguem, quando se conhece o seu nome, as suas características e, o seu poder. Ou seja, a glória de Cristo só se reflecte na família, se houver comunhão no seu nome e, quando tal acontece, os tijolos e paredes para os encontros, são somente um pormenor. Em suma havia, uma mensagem de temperança, mordomia e redenção, que só com o templo, se conseguia fazer recordar e aprofundar e, que beneficiaria plenamente a família em termos materiais e, espirituais. A mensagem é clara: a família faz parte da Igreja e, vice-versa, conjugando-se com outras dádivas da vida, ao contrário de se perspectivar qualquer templo como família, ou independente deste, sem se contemplar o contexto geral das dádivas.
- DA PALAVRA À ACÇÃO
O povo “temeu diante do Senhor” (v. 12) e, testemunhou isso ao adorá-Lo e, ao dar os recursos, que de Deus eram providenciados. Ageu então pôde dar uma nova palavra de encorajamento de Deus e, que foi: “Eu Sou convosco” (v. 13). Em que medida material e espiritual, a difusão do evangelho faz prosperar o povo de Deus e, o mundo no seu todo? A todos os níveis e, por alguma razão o evangelho se associa a duas vertentes importantes: o ensino e a saúde. Engana-se, quem julga que a humanidade prospera, por simplesmente ter o conhecimento científico e técnico, para a obtenção de recursos. A progressão e prosperidade são sempre feitas, com o conhecimento e vida de Deus (veiculada em templos), aplicada e exercida na felicidade das suas testemunhas, em prol da humanidade. Engana-se, quem julga que a progressão científica não faz guerras, mas o desenvolvimento espiritual, é sempre sinal de paz e prosperidade. Ou seja, os templos espirituais de Cristo no mundo, são um investimento, que redundam espiritualmente e, materialmente sempre em retornos de prosperidade e paz, que são para a glória de Deus e, união com o ser humano. Seja como for, a palavra e acto na Divindade, são a mesma coisa em termos de verdade. É ilusório esperar que a vida, seja somente uma evolução material, deixando de lado o imaterial. Para que estas duas realidades se combinem de forma perfeita, é necessário, que a palavra seja sempre de Deus. E isso é uma aprendizagem, que pode ser feita de preferência no templo de Deus. Qualquer espaço em que isso aconteça, é sempre o templo em que está presente Deus, seja no interior humano, ou no exterior, em qualquer nível do Universo. É fantástico, como a palavra entra em combinação, com o mais pequeno ser, ou com o maior Universo, harmonizando tudo e todos, em constante criação. No fundo, houve da parte dos crentes israelitas, o reconhecimento do Deus criador, quer na sua palavra, quer nas suas acções, ou quer na sua presença.
- O SEGUNDO PENTECOSTES DE DEUS
É referido em Ageu 2:1-5: “NO sétimo mês, ao vigésimo primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR por intermédio do profeta Ageu, dizendo:
Fala agora a Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e ao restante do povo, dizendo:
Quem há entre vós que tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada diante dos vossos olhos, comparada com aquela? Ora, pois, esforça-te, Zorobabel, diz o SENHOR, e esforça-te, Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e esforça-te, todo o povo da terra, diz o SENHOR, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos, Segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito permanece no meio de vós; não temais.”
Para Deus, o importante não são as comparações humanas, mas o que se acredita e, o que se faz, considerando o que a Providência Divina deu, dá e dará. Os exemplos na vida são importantes, até ao ponto em que cada um, com o que possui, dá-se em tudo e, no todo que é. Deus tanto é glorificado no pouco de uma pobre viúva, como no muito de um jovem rico. Portanto, a adoração feita somente com o faustoso, não chega a Deus, assim como a desistência, por se achar que aparentemente e falsamente, não se têm nada da Divindade, para se louvar e honrar a glória de Deus. Mas, levanta-se a questão: que inspiração é que deve ter o povo de Deus, para se dar em adoração na Igreja e na família? Serve de inspiração, a glória do próprio Cristo, aparentemente sem eira nem beira, que se sacrificou pelo bem comum do ser humano. Portanto, a glória dos templos, na sua essência são aquilo que testemunham acerca de Jesus no passado, presente e futuro e, que transformam o ser humano, a ser semelhante a Deus, pondo-se no lugar do outro e, criando dádivas com Cristo para a felicidade do próximo. Engana-se quem avalia os momentos de adoração, pela faustosidade de um templo e, não pela voz de Deus, que lhe falou no seu interior humano e, que se extravasa no seu exterior ambiental em testemunho.
Do templo de Salomão, só sobraram duas histórias importantes. A primeira, foi acerca da sua riqueza material, que levara os trabalhadores a discutirem constantemente por quem era o maior nos seus salários e, nas honrarias. Por causa desse luxo, também o povo encheu-se de uma certa soberba formal contra Deus e, devido a tal aumentou, a cobiça dos povos ao seu redor. A segunda história, tem a ver com a rocha vinda da pedreira, que não serviu para nada e, que foi rejeitada constantemente até, ao dia em que era necessário uma pedra de esquina, que suportasse todo o peso daquela magnífica estrutura. Essa “pedra de esquina”, representava a Cristo. Quais das histórias, era a preferida pelo povo? A do luxo, que alimentou os piores vícios no povo de Israel.
Quanto ao segundo templo, este seria lembrado, essencialmente pela presença do Espírito Santo, que prenunciava a primeira vinda de Cristo no seu meio. Neste momento, o mundo é o templo futuro de Deus, em que o Espírito Santo habitará por breves instantes sob forma de chuva serôdia (segundo Pentecostes) e, em que profetizará a segunda vinda de Cristo, que se concretizará a mui breve trecho. Fica, por enquanto, a questão: onde está a Igreja de Cristo neste momento, para que se concretize estes eventos? Refugiada na generalidade da ideia morna, de que será sempre a Igreja de Deus no seu contexto micro, excluindo o global e universal.
- A GLÓRIA DA PRIMEIRA VINDA DE CRISTO E A DIFUSÃO DO EVANGELHO
Diz Deus em Ageu 2:6-9: “Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, farei tremer os céus e a terra, o mar e a terra seca;
E farei tremer todas as nações, e virão coisas preciosas de todas as nações, e encherei esta casa de glória, diz o SENHOR dos Exércitos.
Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos.
A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.”
É importante saber comparar o preconceito humano, com aquilo que Deus consegue fazer na liberdade doada à humanidade em Cristo, para se poder decidir e aceitar, não somente em racionalidade, mas também com emoção e, espiritualidade. Quando se lê Ageu 2:6-9, pode-se perspectivar Deus, com os defeito humanos, ou então pegar na história, com os factos e, tentar lêr o que Cristo fez e, o que fará ao mundo. Em primeiro, o versículo 6 vem no seguimento do “ … meu Espírito permanece no meio de vós; não temais.”. E a seguir, a profecia de Deus relata, que faria tremer todo o conjunto de elementos em progressão crescente até ao ponto da “terra seca”, o que aconteceria com a morte, ressurreição, entrada no lugar Santo e Santíssimo (do Santuário Celeste) e, durante a segunda vinda de Cristo. Isto significa, que o profeta perspectiva o templo de Deus, não somente como um “lugarejo da Terra”, ou não só como o espaço com o seu remanescente, mas principalmente como o lugar em que Deus está presente, com seu povo. Mas, a perspectiva de templo intensifica-se até a um clímax, significando, que durante a aproximação constante que a Divindade faz ao ser humano, o templo cada vez mais atrai “coisas preciosas de todas as nações” e, que se encherá “esta casa de glória”. Isto acontece principalmente, após a ressurreição de Cristo, a sua ascensão, o Pentecostes, a entrada de Cristo no Santuário Celeste e, a segunda vinda. A pergunta a fazer é esta: que coisas? Não somente recursos materiais, mas principalmente os humanos. O templo da Terra, tornar-se-ia incomportável e, seria necessário uma Nova Terra, com Cristo a enchê-la de Glória. Para reforçar a ideia, da importância da conversão do ser humano, os versículos enfatizam o seguinte: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos.”. E é aqui que por vezes as interpretações encalham, devido ao fulgor da prata e do ouro. E porquê? Porque simplesmente Deus, não está a dizer que que vai encher a sua casa de ouro e prata, como aconteceu com Salomão. O que Deus está a querer dizer, é que o importante é a mensagem, ou seja as acções que Cristo fez para atrair e salvar o ser humano através do templo e, isso é mais do que ouro ou prata. A este respeito a Bíblia evidencia em I S. Pedro 2:5: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.”. E, o mais interessante, é que não vai ser no templo em que se dá a paz, mas sim no “lugar” (de nome Caveira, ou Calvário), para que a glória do templo aconteça (a presença de Cristo junto ao Pai).
Em suma, a glória de Deus só foi possível no templo (nas Igrejas, ou Santuário Celeste, que representam o trono de Deus), na actualidade, devido á vida, morte e ressurreição de Cristo (na Terra), que foram difundidos pela evangelização ao mundo. Esta é a profecia, que os profetas perceberam em parte e, que os crentes compreenderam parcialmente na sua espiritualidade intuitiva, com base nos recursos (que dão glória a Deus) e, nas lideranças (que significam a união em Deus), que apontavam a Cristo. Bem refere Cristo, em S. Mateus 3:9, “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” e, em S. Lucas 19:40, “E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes (as crianças e, o povo que louvavam a Cristo) se calarem, as próprias pedras clamarão.” Esta profecia de Ageu, aborda a questão da matéria e, a sua transformação a partir do homem e, vice-versa. Note-se, que a Bíblia evidencia, que a partir do pecado, o ser humano tendeu a ser pó e a desaparecer, como resultado da sua rejeição para com Deus. Por sua vez, o sentido contrário, que tem como clímax a vida eterna e humana a partir do nada e da matéria, só é possível acontecer pela salvação em Cristo. Em Ageu, parte-se da pedra humana, para o humano-Divino de Cristo, acontecendo os fenómenos espirituais, descritos em II Cor. 3:3 (“Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.”) e, em Heb. 8:10 (“Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo;”).
- O ANEL DE SELAR E A ESCOLHA DE DEUS
Refere Ageu 2:23: “Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel, servo Meu, diz o Senhor, e te farei como um anel de selar, porque te escolhi, diz o Senhor dos Exércitos”.
Zorobabel era neto do rei Joaquim e herdeiro legítimo do trono de Davi depois do exílio babilônico. Ele serviu como governador de Judá sob o rei persa Dario, o Grande. Com Josué, que foi o sumo-sacerdote na altura e, os dois profetas (Ageu e Zacarias) ajudaram em conjunto a reconstruir o templo. Esta parte do anel, vem exaltar a garantia do facto, de que o ser humano se une à humanidade e Divindade de Cristo, porque em primeiro Deus assim o quis e, em segundo, porque dentro da liberdade concedida ao ser humano, o indivíduo aceita e, é transformado à imagem e semelhança de Deus em Cristo. Há uma combinação da fé (aceitação), com a liberdade de decisão para com as criações de Deus e, ao mesmo tempo a consolidação nos juízos das concretizações e definitividades eternas e, infinitas da Divindade. Em suma, o espaço (o templo) não depende do material, mas é conforme o que Deus é (no nome que demonstra o seu carácter e o seu poder criacional) e, quem quer ser (união com o homem). Quanto ao ser humano, na sua dependência e, influência para com esse espaço, depende da escolha, ou das prioridades que faz em liberdade, considerando a fonte de todos os bens e, das decisões em querer estar, ou não, com Deus em Cristo (humano e divino), que o procura, em conjugação com o seu próximo e, ambiente.
Ageu nas profecias de Deus, evidencia que a conjugação dos espaços espirituais e privados, são prioridades, oportunidades e totalidades, quer para o exercício criacional da matéria e, do imaterial na glória do nome de Deus em Cristo, quer para a união e presença da Divindade com o homem no Messias.