Passar pela experiência de emigrante, só em companhia de Cristo e de cidadãos com outra linguagem e cultura é obra. Ser bem sucedido com Deus é ser cristão.
A sensação de se ter desligado de tudo, tem de ser encarada com o que aconteceu com Cristo. Num mundo diferente, é muito natural que a pessoa ou se concentre em si e se castigue com dores e doenças, chegando ao ponto de poder entrar em depressão, ou então, mete-se pela luta da sobrevivência, formando grupos e guetos se necessário, como resposta de anticorpo à cultura diferente em que teve de mergulhar.
O que a experiência de Cristo nos conta? Foquemos a atenção nos acontecimentos do cenáculo durante a Santa Ceia e, na cruz. Não está aqui em causa a traição, mas principalmente o que Cristo fez para vencer o pecado da separação, que é o fenómeno que o emigrante sente de uma maneira atroz, que o pode levar à loucura. Tudo parece perdido, com excepção daquilo que só Cristo venceu: o olhar para o Deus e para o outro. E quando tal acontece, não é suficiente deixar-se siderar mistificadamente pelo eterno e infinito, ou então mostra-se catastrófico quando se olha somente fanaticamente para o que é humano. Em suma nesta fase, o que é importante é aceitar as criações de Deus para esses momentos, que existe no outro em qualquer parte do mundo e, em relação àquilo que entra em confronto com Deus, é necessário morrer e ressuscitar para a nova vida que a Divindade cria. Este testemunho é fundamental e, os cidadãos de qualquer parte do mundo sentem quando um indivíduo começa a falar a sua linguagem, de uma maneira íntegra e, o óptimo é quando presentem que o sujeito faz, o que eles gostariam de fazer. Aí, o emigrante já não é mais o emigrante, mas passou a ser um como outro cidadão qualquer de boa fé e vontade daquele Estado-Nação.