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COMENTÁRIOS CRISTÃOS



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O ARREPENDIMENTO E A CONFISSÃO NO REAVIVAMENTO E REFORMA

05-08-2013 21:22
  1. A ÚLTIMA OPORTUNIDADE DO ARREPENDIMENTO E DA CONFISSÃO NO REAVIVAMENTO E REFORMA

1.1. OPORTUNIDADES E ESCOLHAS DECISIVAS

Deus é criador eterno, ou seja, é um fazedor constante de coisas boas no Universo e, um incessante dador e receptor de bênçãos. No entanto, devido à liberdade, com que cria as suas criaturas, há 3 respostas importantes, advindas das escolhas das pessoas para com as suas dádivas e, relacionamentos, que são:

  1. As pessoas não conhecem a Deus e, perante as dádivas, aceitam a sua existência e, conversão, seguindo-se novos relacionamentos expressos no espírito da lei (que são os dez mandamentos), que foram exemplificados na vida de Cristo, em direcção à santificação.
  2. As pessoas já conhecem a Deus, mas deixaram de se relacionar adequadamente. Perante a nova e, última oportunidade no Espírito, voltam a aceitar em novidade de vida a Jesus Cristo, no sentido da santificação.
  3. As pessoas não conhecem, ou mesmo que já conheçam, preferem rejeitar, ou separar-se de Deus, entrando pela via do religioso, ou do espiritismo, ou do misticismo, ou do tecnicismo, ou do materialismo, ou do ateísmo, ou do secularismo, ou do profano, em que o resultado é a sua própria auto-destruição.

 Em relação ao reavivamento, será que é preciso arrepender-se e confessar-se a Cristo? Indica o apóstolo em II S. Pedro 3:9: “ Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento”. Esta descontinuidade de tempo, que origina demora, porque a espiritualidade não progrediu, causando ao mesmo tempo, o início de um retrocesso lento na relação com Deus, só pode ser vencido pela última oportunidade, que o Salvador dá antes do juízo final, a que se dá o nome de reavivamento e, reforma.

1.2. CONVERSÃO NA IGNORÂNCIA E, REAVIVAMENTO DAS CONFORMIDADES PELO ESPÍRITO, NA PROXIMIDADE DE CRISTO E DO SEU JUÍZO

O reavivamento, que começa com a contemplação de Cristo, nas suas criações desde a eternidade e, passando pela sua vida, morte, ressurreição, intercessão, juízo e Nova Terra, origina o arrependimento e, a confissão. Este tipo de relacionamento, é diferente na conversão, quando o ser humano desconhece completamente o evangelho. Embora, haja o mesmo tipo de relação (confissão e arrependimento), em que o indivíduo permite em liberdade, que Deus interiorize o ser humano, para contínuas transformações e criações, no entanto, a diferença está na maior intensidade de tais acontecimentos pelo Espírito Santo e, na proximidade para com Cristo e, o seu juízo. Devido à sequência contínua de Deus e, à demora do ser humano, em reconhecer a progressão das infinitas e, eternas criações da Divindade Triúna, (julgando que uma vez salvo, que está salvo para sempre nas suas conformidades), será necessário um despertar muito mais forte, para novos relacionamentos espirituais. Nas demoras, estes relacionamentos encontram-se atrasados, quase em vias de se transformarem em montanhas, que podem obstruir, ou extinguir, a comunicação com o Espírito Santo. Serve de inspiração, para estes momentos as palavras em Habac. 3:2: “Senhor, ouvi falar da Tua fama; temo diante dos Teus actos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras, faze-as conhecidas em nosso tempo; em Tua ira, lembra-Te da misericórdia”.

1.3. OS EFEITOS NEGATIVOS DO INSTITUCIONALISMO BASEADO EM VALORES ÉTICOS E ALEATÓRIOS: OS VÍCIOS DA FÉ

No cristianismo há institucionalismos instalados, em relação ao arrependimento, em que, tantos os líderes interpretam este magnífico assunto de forma abusiva, para os objectivos da Igreja, assim como os próprios membros a praticam, como uma disciplina de ética e comportamento (mistura-se o bem com a palavra, oração e, testemunho, enquanto o mal é a falta destes elementos). Prova disto, está no tipo de discurso, na mornidão de comportamento e, na falta de união em Cristo, em que não há objectivos concretos de evangelização, que sejam inovadores.

Para piorar este quadro, há quem veja no arrependimento e confissão, um relacionamento sem sequência e progressão, com a justificação de que não há fórmulas mágicas. É caso para perguntar, se os apóstolos ao serem questionados inúmeras vezes pelos indivíduos, sobre o que fariam à sua vida, não deveriam ter logo dito, que os crentes podiam começar a pregar, sem passar pelos passinhos progressivos e, ao mesmo tempo transversais da justificação, que dão origem à santificação. Estes passos sequenciais e progressivos, tal como no conhecimento pessoal, passam pela contemplação de Jesus, pelo arrependimento, pela confissão, pela confiança, pelas obras e, pela continuidade de dons, em direcção à visibilidade de Cristo na segunda vinda e, na formação da Nova Terra. O arrependimento e confissão, não são métodos, ou técnicas de castigo, nem muito menos uma relação aleatória, ou caótica, mas é o progredir do relacionamento com Cristo, onde é abrangido Deus, o indivíduo, o próximo, o ambiente e, o Universo.

1.4. CRISTALIZAÇÃO MUNDIAL DO ARREPENDIMENTO OU NOVAS REVELAÇÕES GLOBAIS SOBRE DEUS

Por outro lado, também não chega, continuar a ver o arrependimento da mesma forma, que há 30 ou 40 anos atrás. Há muito para descobrir, desde que Lutero pregou a justificação pela fé. Não esquecer, de que à medida, que se vai aproximando a vinda de Cristo, irão aparecer mais perspectivas espirituais, revelando mais profundamente quem é Deus, o que é o pecado e, o conflito entre o bem e, o mal. Ao mesmo tempo, a contradizer todas estas perspectivas, aparecerão contrafacções e, distorções, em conflito aberto. Portanto, mesmo que um crente acredite na verdade que Deus lhe revelou no seu tempo, isso passará a ser um empecilho no seu relacionamento com Cristo, se não acompanhar as contínuas criações e, revelações de Deus, que deveriam ser essencialmente o tema actual das pregações. Note-se também, que as actualizações espirituais, com base em incessantes criações de Deus, nunca contradizem as anteriores e, muito menos as posteriores, ou não fora verdade, de que a Divindade é eterna nas suas actividades.

1.5. O ARREPENDIMENTO DE CRISTO: DEUS, O CRENTE E, O PRÓXIMO

Há um princípio importante no arrependimento e confissão e, que é o seguinte: o arrependimento e confissão, nunca se fazem individualmente, ou seja, são processos de relacionamento, em que o crente experimenta em liberdade com Cristo, a contemplação das suas palavras e acções, a culpa, a tristeza, o arrependimento, a confissão, o perdão e, os actos de uma nova vida. Ou seja, com a interiorização de Jesus Cristo no ser humano, existe a capacidade do arrependimento e confissão humana (por este ser também o exemplo) e, ao mesmo tempo, existe no Filho de Deus a aliança da sua Divindade ao absoluto da criação, que depende todo o Universo. Outro aspecto, é que este relacionamento entre Deus e, o ser humano, faz-se na mesma medida, em que existe a mesma compreensão e, partilha de Cristo, para o arrependimento e, confissão do próximo.

1.6. O ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO SEGUNDO CRISTO, EM QUE SE ABRANGE A DEUS, O INDIVÍDUO, O PRÓXIMO, O AMBIENTE E, O UNIVERSO

O arrependimento e a confissão são relacionamentos, que podem ser vistos sob várias perspectivas, considerando sempre, o exemplo padrão humano de Jesus Cristo. Assim, pode-se perspectivar o arrependimento e, confissão, sob o ponto de vista de Deus, do homem, do próximo, do ambiente e, do universo. Neste estudo, aborda-se a perspectiva de Deus, do indivíduo, os desvios no ser humano e, a progressão do arrependimento ao longo da história humana e, o seu desenvolvimento com a visibilidade de Cristo, na eternidade da Nova Terra.

De seguida, vão-se abordar os seguintes aspectos:

  1. O arrependimento e confissão como dons de Deus em Cristo.
  2. O conceito de contemplação, humildade, culpa, tristeza, arrependimento, confissão, perdão e, nova criatura.
  3. O contraste entre o verdadeiro e o falso arrependimento.
  4. A progressão e o futuro do arrependimento e, da confissão.
  1. OS DONS DO ARREPENDIMENTO E DA CONFISSÃO, CONFORME O QUE DEUS VÊ NO SER HUMANO EM TERMOS DE ACEITAÇÃO (FÉ)

2.1. O SURGIMENTO DO ARREPENDIMENTO

Não há arrependimentos de nada, ou da moda. Porquê que surge o arrependimento? Porque há Deus, que se revela com todas as suas características eternas, infinitas e absolutas ao ser humano pecador, nas situações mais diversas da vida, em que o relacionamento, com as suas necessidades, são definidas pela sua lei, que é expressa na vida, morte, ressurreição, intercessão, juízo, segunda vinda e, Nova Terra de Jesus Cristo (ou vice-versa). Para Deus, o ser humano deverá escolher na liberdade eterna, se quer ser semelhante à Divindade em santa união, seguindo de perto a unidade do Divino Triúno, ou trilhar pela senda da morte até ao seu desaparecimento. Ou seja, devido à escolha do ser humano em singrar pela separação (ou pecado) para com Deus, quando perante a glória das criações incessantes da Divindade, tem duas opções: ou aceita a Deus (pela fé, arrependimento e confissão), ou rejeita-o cada vez mais. No caso de aceita-lo, perante a contemplação de Cristo, há uma interiorização do próprio Deus, através do Espírito Santo, que faz com que o ser humano co-participe de todo este tipo de relacionamento espiritual. Portanto, não há dom de arrependimento e, de confissão, sem o criador, ou o dador, no contexto das suas actividades, ou criações globais e, dos seus relacionamentos específicos (lei de Deus).

2.2. COMO DEUS VÊ O ARREPENDIMENTO NA JUSTIFICAÇÃO E SANTIFICAÇÃO

Todo este processo, que é a relação do ser humano, que aceita a justiça (ou transformação) de Deus, é mais conhecida como justificação. Quando, se repetem estes momentos na vida, para com diferentes situações de pecados, ou para momentos de escolha em liberdade para com a verdade, ou para o amor, ou para a vida, ou para dons espirituais, dá-se o nome de santificação, ou de perfeição de Deus no ser humano. Será com base neste relacionamento, em que existe uma transição constante de transformação, no sentido da semelhança de Deus, é que se dá a salvação, ou em que acontece a redenção.

Três questões pertinentes, são importantes em se pôr:

A. Como é a sequência do arrependimento, na perspectiva humana de Cristo?

B. Pode o arrependimento ser falso, ou diminuir no seu ritmo?

C. Na Nova Terra, manter-se-á este tipo de relacionamento, quando não há pecado? Que tipo de progressão e desenvolvimento, terá o arrependimento e a confissão?

  1. O CONCEITO DE CONTEMPLAÇÃO, HUMILDADE, CULPA, TRISTEZA, ARREPENDIMENTO, CONFISSÃO, PERDÃO E NOVA CRIATURA CONFORME O SER HUMANO VÊ EM CRISTO A DEUS

3.1. A SEQUÊNCIA PROGRESSIVA DO ARREPENDIMENTO: A DEFINIÇÃO DA MALIGNIDADE DO PECADO

Os vários conceitos ligados ao arrependimento, estão ligados à ideia de mudança para com a situação de pecado em que se encontra o indivíduo, em que o substitui pela expiação, intercessão e, nova vida de criações, em Jesus Cristo. Perante a contemplação de Cristo, na sua vida e, morte, o pecador percepciona a sua condição (humildade) e aceita a Deus (fé), visualizando, considerando, sentindo e, reconhecendo as consequências, a culpa e, ao mesmo tempo a tristeza (ou sofrimento), pelo que fez com o pecado, ao criador, a si próprio, à criatura, ao ambiente e, ao próximo. Note-se, que tudo isto só acontece, porque o ser humano aceitou a companhia constante de Cristo. Assim, em Cristo e, perante Deus, é definido a malignidade do pecado, que destrói tudo e, todos.

3.2. A SEQUÊNCIA PROGRESSIVA DO ARREPENDIMENTO: A NOVA CRIAÇÃO PELO PERDÃO E RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A seguir, em Cristo, é também expresso pelo amor, verdade e, vida, a sua morte expiatória e, a criação do novo homem, pela ressurreição. O arrependimento será o momento seguinte, em que com mansidão (aguardando pacientemente, conforme o seu ritmo, as oportunidades), o ser humano questiona e, aceita a solução pelo perdão de Deus, para o seu pecado, ou problema, principalmente através da mudança para a vida em Cristo, na sua encarnação e, mais tarde na intercessão, na ressurreição, no juízo e, na Nova Terra.

3.3. A SEQUÊNCIA PROGRESSIVA DO ARREPENDIMENTO: A NOVA VIDA DE TESTEMUNHO

Todo este relacionamento interior, não traria qualquer tipo de mudança e, seria inválido, se não pudesse ser exteriorizado pela sua concretização no testemunho, ou reforma, ou confissão (a Deus, ou ao próximo), que se expressam nas palavras e, actos de Cristo no ser humano, como nova criatura, no novo nascimento, ou na ressurreição, ou no reavivamento.

  1. CONTRASTE ENTRE O VERDADEIRO E O FALSO ARREPENDIMENTO

O relacionamento de Deus para o ser humano não falha, mas o mesmo não se pode dizer do indivíduo para Cristo. Aborda-se de seguida, as falhas humanas, com o objectivo de as prevenir e, tratar.

4.1. ALGUNS EXEMPLOS BÍBLICOS DE FALSEAMENTO DO ARREPENDIMENTO

Quando o arrependimento diminui, pouco falta para deixar de ser aceite no indivíduo, ou para ser falso. Ainda assim, quando diminui, há a esperança do reavivamento, mas quando se entra pela via do falseamento, então mais tarde, ou mais cedo, ter-se-á a auto-destruição do ser humano, por se rejeitar totalmente a Deus. Vejam-se os casos de Esaú (Heb 12:17), do Faraó (Êxodo 12:29-32), de Balaão (Números 22:32-35) e, de Judas (S. Mateus 27:3-10). Em que falsearam o seu arrependimento?

4.2. OS TIPOS DE FALSEAMENTO DO ARREPENDIMENTO INDIVIDUAL

Em termos gerais, o falsear consiste essencialmente, em arranjar outros autores nos passos sequenciais do arrependimento, que deveriam ser dados em Cristo. A fonte e o sentido existe em Cristo, tem-se a percepção disso, mas o ser humano recusa-se a aceita-lo e, procura-se outro interveniente, que não tem capacidade para solucionar a situação de pecado, entrando-se numa espiral decrescente de destruição.

Um dos falseamentos, consiste no desvio da culpa e da tristeza. Estas, são apontadas para tudo, ou para todos, ou para o próprio pecador, acabando este, muitas vezes por suicidar-se, como aconteceu com Judas (S. Mateus 27:3-10). De acordo com II Cor. 7:10, “A tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à salvação e não remorso, mas a tristeza segundo o mundo produz morte”.

No falseamento pela fuga, o ser humano tenta fugir de diante de Deus, como aconteceu com Adão e Eva após pecar (Génesis 3:8-15), com Acã (Josué 7:20-21), com David (Salmos 32:3-11) e, com Ananias e Safira (Actos 5:1-11). Neste tipo de falseamento, reconhecem-se as consequências do pecado, para tudo e todos (incluindo o Diabo), menos para o ser humano, que escolheu o pecado e, para Deus (que expiaria e redimiria o homem do pecado).

No essencial, o importante é que se reconheça a Deus, na definição e solução do pecado, através da sua verdade, misericórdia e vida por Cristo (que é a sua graça), para se agarrarem as suas soluções expiatórias, com as suas poderosas mãos salvadoras, ou redentoras.

4.3. OS FALSEAMENTOS ECLESIÁSTICOS

Nas instituições eclesiásticas, há uma tendência, para se abusar de duas vertentes do arrependimento, através de discursos enfadonhos e fatigantes, em que evidenciam constantemente o perdão e, os actos de obediência (em vez do testemunho que engloba o obedecer). Engana-se, quem julga que o arrependimento é constituído só por estas duas facetas e, por este andar, a evangelização do mundo, em vez de ser na plenitude multidimensional de Deus, limita-se a ser bidimensional, distinguindo-se somente o sacrifício de Cristo e as obras. Este é um tipo de falseamento do arrependimento, que diminui a acção do Espírito Santo no ser humano e, torna o evangelho incompleto na sua mensagem salvadora.

4.4. O FALSEAMENTO DO ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO, NEGANDO-SE O PARADIGMA DO RELACIONAMENTO PARA COM AS CRIAÇÕES REDENTORAS DE CRISTO

Há dois aspectos importantes a ter em conta no arrependimento e confissão: as acções criadoras incessantes de Cristo reveladas pelo Espírito Santo e, as necessidades do ser humano, ou acções. As acções, ou pensamentos cometidos em pecado (que são todos os actos humanos), são perdoados se o indivíduo, aceitar o arrependimento e confissão, com base em todas as incessantes acções criadoras de Jesus Cristo e, não somente em duas, ou três actividades do Messias. Assim, o ser humano vê-se confrontado a mudar com o ser de Deus, considerando não somente a criação proveniente de Cristo no início, mas também a Nova Terra, assim como a sua encarnação, a sua vida, a sua morte, a sua intercessão, o seu juízo e, a sua eternidade. Isto significa, que o ser humano, nas suas acções com o arrependimento e confissão em Cristo, se assemelha cada vez mais ao seu criador. Quando se falseia o relacionamento de Deus com as necessidades humanas, o arrependimento inexiste assim como a confissão. Mas, quando o ser humano aceita o arrependimento e a confissão, qual é a sua progressão e, qual será o tipo de relacionamento, que haverá na Nova Terra?

  1. A PROGRESSÃO E, O FUTURO DO ARREPENDIMENTO E DA CONFISSÃO, À LUZ DA JUSTIFICAÇÃO E SANTIFICAÇÃO

5.1. PROGRESSÃO DA JUSTIFICAÇÃO E SANTIFICAÇÃO

Tem havido ao longo dos séculos, após a entrada do pecado, uma progressão em relação à justificação e santificação, ou mais propriamente em relação ao arrependimento e confissão. Basta pensar, que as ideias sobre Deus e os seus relacionamentos, têm tido o seu desenvolvimento progressivo, embora o ser humano os vá deslindando com avanços e recuos na fé. Este progressivo conhecimento, deve-se essencialmente às contínuas criações e, ao mesmo tempo às revelações de Deus em Cristo. Embora Deus crie a fé, como um relacionamento sem fronteiras étnicas, geográficas, materiais e, principalmente temporais (com base no espírito de profecia), no entanto, cada indivíduo vive momentos, em que as actividades de Deus são específicas num tempo próprio.

5.2. A FÉ E AS ACÇÕES CRIADORAS DE CRISTO

Seja como for, os princípios e fundamentos da fé são as mesmas (definidos a partir de Cristo), embora o seu desenvolvimento, ou nível de progressão seja diferente. Isto significa, que a justificação pela fé, embora tenha sido descoberto por Lutero sob a inspiração do Espírito Santo, com base nos efeitos testemunhados nos apóstolos e crentes, que estão descritos na Bíblia, nunca deixou de ser o resultado, em primeira mão dos actos de Deus, conjugados com as directrizes provenientes da lei dos dez mandamentos. Esses actos em Cristo são a criação, a libertação do povo de Israel, a encarnação, a vida do Filho do Homem, a morte expiatória na cruz, a ressurreição, a ascensão, a formação da igreja cristã, a intercessão no Santuário, o juízo, a segunda vinda e, a eternidade na Nova Terra. Portanto, a justificação pela fé, como resposta aos actos criadores Deus para com o homem, origina a santificação e, é esta que perdurará na eternidade, perante as grandes mudanças, que as criações incessantes de Deus trarão ao mundo. Por alguma razão, o apóstolo Paulo diz que a fé, a santificação e, o amor é que serão o esteio da eternidade no crente e, não a justificação. E, porquê? Simplesmente porque a santificação é já o estado, em que se comunga com a santidade de Deus, de forma definitiva. Veja-se Hebreus 12:14 (“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”), Rom. 6:22 (“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”), II Tess. 2:13 (“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;”) e, I Timóteo 2:15 (“Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.”). No entanto, note-se que todo o tipo de relacionamento no futuro, nunca se contrapõe ao que já existiu, mantendo-se os seus princípios sempre presentes, por serem garantidos pelo próprio Deus eterno, em suas constantes criações.

5.3. AS MUDANÇAS E CONFISSÕES NA NOVA TERRA APÓS AS DEFINITIVIDADES DA LIBERDADE NO JUÍZO

Na Nova Terra, não há pecado, o que significa que o ser humano com Cristo, não terá a opção de mudar considerando a Deus e, as transgressões humanas. Deixará de ter significado, o arrependimento e confissão? Terá sempre significado, porque se trata de experiências na eternidade de Deus, em que todas as suas acções se relacionam constantemente. Haverá também, sempre mudanças no futuro, que o ser humano na sua liberdade escolherá constantemente, considerando a eternidade das criações incessantes de Deus, que se encontram em Cristo ao seu dispor. Quanto à confissão, manter-se-á o testemunho e, o louvor à glória de Deus, com actos conforme o espírito da Lei dos dez mandamentos, que cada vez mais assemelhará o indivíduo a Cristo criador.

O arrependimento e confissão, com base na culpa, na tristeza e perdão, desaparecerão definitivamente no juízo. As mudanças far-se-ão completamente na eternidade de Deus, com as infinitas criações de Cristo, na liberdade dada ao ser humano na Nova Terra, para que este seja definitivamente feliz nos seus actos, ou testemunhos, com o Universo de Deus.

5.4. AS CRIAÇÕES ETERNAS DE DEUS E AS RESPOSTAS EM CRISTO

Em resumo, as criações de Deus são eternas, incessantes, diversas e infinitas, sempre para sua glória, mas os fundamentos, ou as respostas a estas é que diferem, criando para sempre, o sentido das novas liberdades na imagem, semelhança, aperfeiçoamento e, felicidade de Cristo nas suas criaturas, que se encontram no universo, em dinâmica paz. Haverá definitivamente e, para sempre, a liberdade de escolha perante as criações eternas de Deus, com a verdade, o amor e, a vida, tornando-se o ser humano co-criador.