- O REAVIVAMENTO COM VERDADE, AMOR E VIDA
A principal qualidade e, vantagem do reavivamento, é o facto deste ser fruto, do reatamento das relações progressivas com Cristo, após uma latência, ou lenta regressão dos relacionamentos espirituais. Portanto, o reavivamento identifica-se sempre, com as características do seu autor, que é Jesus, nas suas revelações eternas e, ao mesmo tempo, diferencia-se de todos os outros movimentos religiosos, por nunca entrar em contradição na sua criatividade intemporal. Haverá algum controlo para o reavivamento? Haverá algum processo, que permita identificar, a qualidade constante do reavivamento? Ou, haverá algum mecanismo, que evite o desvio das relações com Cristo, durante o reavivamento? Há tipos de reavivamento, considerando as dádivas?
Em resumo, após a conversão a Cristo, o crente pode encetar por um caminho, em que vai desvirtuando, ou quiçá, em que se vai desviando no viver em Cristo das suas bênçãos, ou dádivas. O reavivamento é identificado como uma reconversão, em que se aceita de forma mais intensa, a oportunidade e, continuidade do amor, da verdade e, da vida nas dádivas de Cristo, que são testemunhados, ou vividos pelo ser humano, a nível individual e colectivo na Igreja, na família, nos grupos, na sociedade, no mundo e, no Universo. Isto significa, que o reavivamento é uma experiência, de partilha, ou aprendizagem, que se escolhe, mas que também pode ser desvirtuado em desvios, ou distorções. Portanto, o reavivamento é a solução para os desvios, mas em si, se este evento for mal seguido, também pode originar outros desvios, muito mais destrutivos, no relacionamento para com Deus e, o próximo.
Ao contrário, do que se pensa, neste relacionamento, o ser humano, cresce com Cristo, assemelhando-se a Deus e, podendo escolher definitivamente, ou criar com o Divino, as mais variadas dádivas, na eternidade da infinita Divindade.
- O REAVIVAMENTO IDENTIFICADO PELA PALAVRA
Aquando da tentação para com Cristo (ver S. Mateus 4), este ensinou, qual deveria ser para a posteridade, a relação entre a palavra e, a vontade de Deus. No entanto, é insuficiente para Deus, definir somente o que está certo, ou errado, pois isso não passa de um diagnóstico, porque é necessário a relação das vontades divinas e, humanas, que não aceitem a malignidade do pecado e, procurem novos desafios criacionais intemporais, a partir da comunicação entre as existências de seres muito diferentes. Isto significa, que perante a comparação da palavra, aplicada às inúmeras situações da vida, o ser humano (de acordo com a verdade de Cristo), identifica o Espírito e, associa-se à vontade de Deus pela fé, com o objectivo de usufruir de cada vez maior liberdade, ultrapassando o pecado e, as suas consequências nefastas, através do amor e, vida do Messias.
Em suma, o reavivamento nunca se faz sem a palavra de Deus, mas com esta, de imediato se identifica o seu autor, a sua vontade, o seu carácter e, o seu poder de concretização, no próprio indivíduo, no próximo e, no Universo. Há de imediato, quando aceite pela fé, a personalização Divina da palavra, unida ao homem. A palavra deixa de ser um meio, para expressar a Deus, na sua eternidade infinita e absoluta, que se conhece, no que se desconhece e, ao mesmo tempo, no que se torna desconhecida, para ser conhecida. No reavivamento, a verdade deixa de ser estática com tendência para o vazio, para se tornar criativa com o seu autor, para que o ser humano se torne cada vez mais semelhante a Deus, em combinação com o amor e, vida de Cristo. A palavra com Deus, cria-se infinitamente a si mesma na eternidade, às criaturas e, ao Universo, sem contradizer-se no que já criou. Nesta fase, a escolha da palavra, é também a liberdade profética, que se sente confrontada e, com a única oportunidade em aberto da salvação em Cristo. Poderá a verdade, transformar o ser humano à semelhança de Deus? Não, só em conjunto com o amor de Cristo, em que conjugadamente, geram constantemente nova vida.
- O REAVIVAMENTO VIVIDO PELO AMOR DE CRISTO NO INDIVÍDUO
Será que o reavivamento sente o amor de Deus, sem sentir a sua proximidade? Nunca. Isto significa, que o amor em Cristo, é a dádiva do próprio Deus, que se aproxima do humano, em conjunto com a verdade, para que o indivíduo se transforme na vida do Filho do Homem, em constante criação provinda da Divindade. Portanto, a dádiva de Deus, ou os seus dons, expressos principalmente na vida, morte e ressurreição de Cristo, serão aceites no reavivamento, para transformação do indivíduo e, entrega ao próximo, ao Universo e, ao próprio Deus. Em termos práticos, o amor é o Espírito da lei, que convence em liberdade, o ser humano a olhar para si, para Deus e o próximo, sentindo o sofrimento e tristeza do pecado e, ao mesmo tempo, louvando e, testemunhando a felicidade da salvação em Cristo, pelas dádivas do seu perdão, ressurreição e, nova vida.
Em suma, a lei de Deus, é o resumo da absoluta verdade de Deus, para com o indivíduo, o próximo e a Terra, mas ao mesmo tempo é o indicador da possibilidade, que a Divindade dá no seu amor, para o relacionamento em Cristo, do Divino e humano. O reavivamento aceita esse amor revelado na lei, perante a malignidade do pecado, através do perdão e, da nova vida de Jesus Cristo no homem, em harmonia com o Deus Triúno, no sentido da vida de plenitude em uniões, de diversidades e, ao mesmo tempo de semelhanças nas incessantes criações do Divino.
- OS DESVIOS ANTECEDENTES E CONSEQUENTES AO REAVIVAMENTO DE DEUS
4.1. TIPOS DE DÁDIVAS
Há características, definidas pelo evangelho, sobre o reavivamento vivido pelos crentes na Igreja. Também, existem definidos na Bíblia, alguns dos desvios anteriores e, após a existência do reavivamento.
A aceitação individual de Cristo, de novo com a sua verdade, o seu amor e, a sua vida, só é possível pela liberdade da fé no reavivamento. A fé, nunca é um exercício solitário, mas acontece na generalidade, com a presença do seu autor (Deus) e, de outros intervenientes no ambiente, ou Universo. No reavivamento, há toda a possibilidade, quer a nível individual, ou colectivo (na Igreja), de acontecerem de novo os desvios antecedentes, ou de se extremarem posteriormente as suas escolhas.
Quando se dá o reavivamento, aparecem as dádivas, para o indivíduo e, o próximo. Parece redutor, limitar-se as dádivas, aos dons, ou às vocações, ou às qualidades. As dádivas são serviços, ou trabalhos provindos de Deus na santificação, que podem ser disponibilizados de uma forma organizada, ou institucional (e aí formarão os ministérios), ou poderão ser vistos numa perspectiva mais individual. Seja como for, tanto a nível individual, como organizacional, as dádivas; dependendo da sua progressão, intensidade, situação e, objectivos, poderão ser conhecidas como dons, sinais, milagres, ministérios e, frutos. Todos eles, têm como objectivo primordial, o testemunho de Jesus Cristo e, a glória de Deus, na vida do ser humano.
Engana-se quem olha para os dons, sinais, milagres, ministérios e, frutos e, os receia, nas suas constantes e dinâmicas expressões, com medo que os seus actores, utilizadores e, intervenientes (que até ao reavivamento, pareciam insignificantes desconhecidos, em parte incerta), possam ultrapassar uma hierarquia eclesiástica, que se julga acima das liberdades e dádivas do Espírito Santo. Quando a Moisés lhe vieram contar, que havia um conjunto de crentes, que profetizavam, o mesmo se alegrou, vaticinando que seria óptimo, se todos pudessem profetizar, como ele o fazia, sob a inspiração do Espírito Santo. Aliás, uma das razões para a indiferença cristã, que precisa do reavivamento, é o facto de haver crentes, que não desenvolveram as dádivas, que Deus lhes providenciou e, que não progrediram no sentido da sua diversidade, ou do seu desenvolvimento. E porquê? Por várias razões, mas a principal, é devido aos obstáculos de outros crentes, que não ensinam, ou que julgam, que as suas dádivas são melhores do que o dos outros e, devido a tal, entram em desvios e, fazem desviar outros pelo seu “exemplar” comportamento. O resultado, é uma igreja “bem comportada”, com relatórios fidedignos, mas com a fé a regredir paulatinamente, diante de saídas inexplicáveis de membros, que preferem viver individualmente a sua crença, do que singrar simpaticamente e, confortavelmente, na sua fossilização institucional. Tanto num, como no outro caso, a solução é o reavivamento espiritual.
Em suma, as dádivas provêem da fé em Cristo, que se desperta no reavivamento, de uma forma intensa, pelas novas revelações da verdade, amor e vida do Filho do Homem, sob a égide do Espírito Santo. A fé, aceita as dádivas, que podem ser individuais, ou institucionais. Estas, tanto a nível institucional, como individual, dependendo das suas características, podem ser vistos como dons, sinais, milagres, frutos e, ministérios.
4.2. A DIFERENCIAÇÃO DOS DESVIOS NO REAVIVAMENTO DOS DONS
Nem sempre, os crentes aceitam da melhor forma, o reavivamento das dádivas, aparecendo desvios, tanto a nível do amor, da verdade, ou da vida, nas diversas situações do quotidiano. Aliás, o reavivamento é a solução para os casos, que caíram nos desvios após a conversão, mas também revelam-se às vezes, como riscos para novos, consequentes e, mais catastróficos desvios.
4.2.1. DESVIOS NA VERDADE
A nível da verdade há dois extremos a evitar, no relacionamento para com Deus e, o próximo, que são o fanatismo e o formalismo. Enquanto no primeiro, há um exagero da aplicação da verdade, sem a direcção de Deus e, do seu amor, no segundo há uma conformidade e, por vezes relatividade com a verdade, cumprindo-se obedientemente as regras de forma individual, ou falseando-as, ou não as vivendo minimamente com Cristo e, com o próximo.
4.2.2. DESVIOS NO AMOR
No que toca ao amor, há dois exageros em que se trava a criação (que renovaria em transformação o indivíduo) e, que são: a paixão, ou o perdão sem verdade para com o próximo e, por outro lado a falta de sentimentos, ou o ódio, ou o egoísmo para com o outro.
4.2.3. DESVIOS NA VIDA
No que toca à vida, há desvios em que se exagera na dádiva da vida para com o outro, ou em que os altruísmos desmedidos, não testemunham das providências de Deus. No outro extremo, há o egoísmo da procura da escravatura, dependência, ou morte do outro.
Em resumo, há uma escala múltipla, ou multidimensional dos desvios, em que num dos extremos está a exagerada importância do outro, no lado oposto está o egoísmo e, noutros posicionamentos estarão o Deus Triúno, o Universo e, o ambiente do indivíduo, aguardando pelas oportunidades dinâmicas de incessante criação. Para se terem dons, sinais, milagres, ministérios e frutos, são imprescindíveis, que hajam as verdades, o amor e a vida de Cristo reflectidos nas várias dádivas, que criem a semelhança da glória de Deus no momento, em que se escolhe o modus vivendi da liberdade no reavivamento, para a eternidade infinita de Cristo.