O SANTUÁRIO E OS ESPAÇOS DE DEUS FACULTADOS EM LIBERDADE AO HOMEM
- COMO ACEITAR (A FÉ) OS PRÓXIMOS ACTOS DE DEUS
Todos os actos de Deus são importantes e, não somente uns acima de outros. O ser humano distorce pela importância exagerada, ou a uns, ou a outros eventos, esquecendo o destaque instrumental harmonioso e progressivo, que devem ser ou ter, no relacionamento de vida contínua, feliz e, cada vez mais intensa para com a aproximação da Divindade, proveniente e, em direcção a Deus Triúno e ao Universo. Como aceitar os acontecimentos que se seguem, tais como: as actividades no Santuário, o Juízo, a segunda vinda e, a ressurreição dos mortos? Ou seja, como viver profeticamente todos estes acontecimentos? Ou vai-se reduzir a palavra a dois ou três testemunhos de livros proféticos, dependurados na estante, a apanhar pó para embelezar a casa onde se vive? Ou será suficiente repetir até à exaustão as palavras de Deus, ou da profecia, como se de uma récita se tratasse para recomendar os seres humanos à Divindade? Ou não será melhor, saber e esconder para si o que se conhece, tal como fez o homem de um talento, contado por Cristo na parábola dos talentos?
- O SANTUÁRIO: A SALVAÇÃO NOS ACTOS ESPACIAIS DE DEUS
As questões principais do Santuário são: como me vou aproximar de Deus e, que resultados se esperam dessa aproximação, no dia a dia e, no futuro? O foco não são as cerimónias, ou as mobílias, ou os espaços, ou os períodos de tempo, que ecoam desde o tempo dos antigos patriarcas, profetas e povo de Israel. O principal é conhecer e viver a liberdade, a partir da carga simbólica de todos estes instrumentos, que apontam a realidade, de quem é que se quer que se aproxime do ser humano e, quem é o sacerdote que vai permitir essa aproximação. O Santuário não é somente a construção de um espaço terreno, utilizado aquando da existência do povo de Israel como os escolhidos na altura, mas significava simbolicamente o trono de Deus, ou seja a presença do próprio Deus e, os seus relacionamentos, representados de forma sintética na sua lei eterna dos dez mandamentos, que Cristo veio exemplificar e, engrandecer pela sua vida, morte e ressurreição. A outra parte diz respeito ao sacerdote, que se punha no lugar do pecador e, ao mesmo tempo no lugar do próprio Deus. No essencial o Santuário, não seria somente o Deus distante, nem somente a substituição, intercessão e juízo, mas abrangeria também a capacidade do ser humano escolher no seu testemunho exterior e, no seu interior, a presença do Deus eterno, através do Espírito, que habita na mais ínfima criatura, assim como na essência do Divino Triúno. No fundo, há no conceito do Santuário, a ideia espiritual de espaço e tempo de adoração, que Deus procura desde o além, atravessando todo o universo de todas as dimensões e criações e, procurando a eternidade feliz com o homem, se este o deseja nesta incomensurável liberdade, que lhe é dada a conhecer. A perversidade está, quando se vê só a limitação do homem que o conforma e embala em aparentes doces sofrimentos humanos de aparentes evoluções, ou se contempla pelo misticismo fanático e idólatra, o absoluto cristalizado com imortalidades inventadas.
O livro de Hebreus aborda a questão do Santuário, evidenciando a superioridade do sacerdócio de Cristo, que ultrapassou todos os elementos perfigurativos, que o apontavam simbolicamente no tempo. O facto mais importante é o seu ministério, em que substitui o homem em todos os seus relacionamentos com Deus, para que com este, haja a aproximação ao Divino. Esta epístola evidencia, que no Santuário se desenvolverá o único tipo de relacionamento permitido em Liberdade entre o ser humano e Deus, que é a Fé, que se baseia em aceitar a presença de Deus e as suas palavras e actos, no passado, presente e futuro, no contexto de espaço. Assim, o espaço em Deus, vem do além para outro além no universo, em múltiplas dimensões, que ultrapassam limitações e, o vazio e, cria em Cristo ao mesmo tempo, a progressão dos pequeníssimos nadas, que se criam constantemente na Divindade em infinitos e vivos universos eternos.